domingo, 18 de dezembro de 2016

Acreditar ou não acreditar

Como falar do nascimento de Jesus Cristo e se distanciar dos personagens principais?
O mistério se cumpre entre pessoas que tinham seus projetos pessoais, no caso de José e Maria que pretendiam casar muito em breve, levando assim uma vida normal e tranquila, como todo mundo. Também Deus, através do Espírito Santo realiza seu filho, inaugura aí a santíssima trindade.

Não é possível ignorar nenhum dos personagens. José é importante, também o anjo, os pastores e principalmente Maria. Não se pode fechar os olhos só por causa do que uma religião ou pessoa te tenha dito, pois esta religião ou pessoa vai de encontro ao que verdadeiramente diz a Bíblia. Não adianta querer observar a Palavra e Deus e deixar de lado tantas mensagens importantes, como por exemplo de que Deus precisa de uma  família para tornar-se presente no mundo.

Você pode não gostar dos católicos, ou da própria igreja católica, mas, não se pode fugir da verdade de Deus, e se pode vivê-la dentro da sua própria igreja, pois não se pode assumir apenas uma pequena parte da Bíblia que interessa apenas a ti ou sua religião, o Evangelho não precisa disso de sua parte como pessoa, Jesus anuncia para que sua palavra seja vivida, experimentada e partilhada, não se vive só do que se lê, também do que se reflete e do que se escuta de Deus no teu coração.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Decifrar o olhar e o silêncio - FAMÍLIA

No Evangelho deste domingo teremos José, capaz de escutar o que o anjo do Senhor lhe fala em seu coração. José não discute, não pede explicações: escuta e obedece. Escutar não é algo simples, se acreditamos tudo saber fazer, ao invés de simplesmente sentir, não escutamos verdadeiramente; escutar de verdade implica na capacidade de se colocar no lugar do outro, significa sentir e compreender o outro e saber dar dignidade ao sentimento, também àquele que é mais forte; escutar significa dar ouvidos, cabeça e coração também para a dificuldade de comunicar, pesada, embaraçosa, transmitindo àquele que nos escuta, que também a experiência e o sentimento negativo podem ser e expressar gestos, não de solidão mas de unidade.

José escuta e põe em prática aquela vontade de construção familiar que não tinha previsto, nem pensava. Tertuliano escreve que cristão não se nasce, se torna, e parafraseando esta afirmação, em relação a família, podemos dizer que a família também não se nasce, mas se constrói dia após dia, fadiga após fadigas, alegria após alegrias. 

Tornar-se família requer uma construção diária, um planejamento empenhado; neste nosso tempo difícil e complexo, que estimula desafios pedagógicos bem trabalhados, podemos sublinhar que à família resta a experiência educativa, onde se aprende a dinâmica da vida. A família é o lugar por excelência do afeto mais profundo, também o espaço onde nasce a responsabilidade no confronto do outro, a capacidade de ser presente e de viver o próprio tempo de forma coerente, dando sentido e significado a existência. 

Os caracteres deste relacionamento familiar requerem a disposição e a escuta, a capacidade de valorizar o aspecto diverso de cada um e de considerar isso positivo, a percepção e o confronto com o seu próprio limite, porque viver para o outro é considerado a condição para ser melhor consigo mesmo. Papa Francisco recorda sua preferência por uma família que experimenta uma autenticidade e capacidade de discutir, uma família em que "a capacidade abraçar-se, sustentar-se, acompanhar-se, entender o olhar e o silêncio, rir e rezar juntos" isso ajuda a "entender o que é verdadeiramente a comunicação como descoberta e construção da aproximação"
(Mensagem pela XLIX Jornada Mundial da Comunicação Social, 23 de Janeiro 2015).

A arte de falar de Deus

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